Chama-se secção plana de um sólido à figura que resulta do corte desse sólido por um plano.
A figura de secção é limitada pela linha de interseção entre o plano secante e a superfície do sólido, podendo ser um polígono ou uma curva.
Em Geometria Descritiva, determinam-se as projeções dessa figura e, quando necessário, a sua verdadeira grandeza.
A forma da secção depende de dois fatores principais:
o tipo de sólido considerado (pirâmide, prisma, cone);
a posição do plano secante em relação ao sólido e aos planos de projeção.
Numa pirâmide, a figura de secção depende das arestas que o plano secante intersecta.
Se o plano é paralelo à base, a secção é um polígono semelhante ao da base, mas mais pequeno.
Se o plano não é paralelo à base, a secção é um polígono irregular, cujo número de lados corresponde ao número de arestas cortadas pelo plano.
Para determinar as secções:
Observam-se os traços do plano e as arestas da pirâmide.
Determinam-se os pontos de interseção do plano com as arestas.
Ligam-se esses pontos, formando o polígono da secção.
Destaca-se o lado visível na projeção indicada.
Nos prismas, as arestas laterais são paralelas e as bases são iguais e paralelas. Isso facilita a análise das secções.
Se o plano secante é paralelo às bases, a figura da secção é igual à base.
Quando o plano é oblíquo ou vertical, a secção continua a ser um polígono, mas deformado.
O número de lados da secção depende do número de arestas intersectadas.
Para determinar as secções:
Identifica-se o tipo de plano (horizontal, frontal, de topo, oblíquo).
Encontram-se os pontos onde o plano corta as arestas laterais e, se necessário, as bases.
Ligam-se os pontos pela ordem, obtendo-se o polígono da secção.
Em prismas retos, planos verticais geralmente produzem paralelogramos.
A figura da secção num cone depende da inclinação do plano relativamente à base e às geratrizes.
Ocorre quando o plano contém o vértice do cone e intersecta a base.
A secção é um triângulo formado por duas geratrizes e uma corda da base.
Surge quando o plano é paralelo à base.
A secção é sempre uma circunferência, representada em verdadeira grandeza no plano horizontal.
Obtém-se quando o plano é oblíquo à base e não é paralelo a nenhuma geratriz.
A secção é uma curva fechada, mais comprida num eixo e mais curta noutro.
Surge quando o plano é paralelo a uma geratriz do cone.
A secção é uma curva aberta com um único ramo.
Forma-se quando o plano é paralelo a duas geratrizes do cone.
A secção tem dois ramos, abertos em sentidos opostos.
Secções transversais de cilindros: Dependem da posição do plano secante em relação ao eixo e às bases.
Tipos de secções transversais: Circunferência (plano paralelo às bases), retângulo (plano perpendicular ao eixo), elipse (plano oblíquo ao eixo), retângulo ou paralelogramo (plano paralelo às geratrizes).
Determinação gráfica: Identificar os pontos de interseção do plano com as geratrizes e as bases, transportar os pontos para a outra projeção e ligá-los para formar a figura da secção.
Para determinar as secções nos sólidos:
Identificam-se os traços do plano.
Observa-se em que arestas o plano entra e sai.
Determinam-se os pontos de interseção entre o plano e as arestas.
Ligam-se os pontos para formar a figura de secção.
Utilizam-se planos auxiliares quando a interseção direta não está visível.
Quando necessário, faz-se o rebatimento do plano secante para obter a verdadeira grandeza da secção.