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São planos paralelos a um dos planos de projeção. Nestes casos, a distância de um ponto ao eixo de rebatimento projeta-se automaticamente em verdadeira grandeza num dos planos de projeção. Por essa razão, o rebatimento destes planos é direto e não envolve dificuldades adicionais.
Incluem três tipos: o plano oblíquo, o plano de rampa e o plano passante. Nestes planos, a distância do ponto ao eixo do rebatimento (raio do arco do rebatimento) não se projeta em verdadeira grandeza em nenhuma das projeções. Assim, torna-se necessário recorrer ao triângulo de rebatimento ou à utilização de retas notáveis do plano para determinar a verdadeira grandeza do raio do arco.
O triângulo de rebatimento é um triângulo retângulo construído para determinar a verdadeira grandeza da distância de um ponto ao eixo do rebatimento. Esta hipotenusa representa o raio do arco descrito pelo ponto no processo de rebatimento.
A construção do triângulo obedece às seguintes etapas:
A partir da projeção horizontal ou frontal do ponto, traça-se uma perpendicular ao eixo de rebatimento.
Traça-se uma paralela ao eixo de rebatimento.
Marca-se sobre a paralela a medida da cota ou do afastamento do ponto.
Liga-se esse ponto ao pé da perpendicular, formando o triângulo retângulo.
A hipotenusa constitui a verdadeira grandeza da distância ao eixo.
Propriedades fundamentais:
O triângulo de rebatimento é sempre retângulo.
Todos os triângulos de rebatimento construídos sobre pontos do mesmo plano são semelhantes entre si.
A hipotenusa é sempre perpendicular ao eixo do rebatimento.
Um plano oblíquo é um plano não paralelo a nenhum plano de projeção. Para efetuar o seu rebatimento, utiliza-se frequentemente uma reta frontal pertencente ao plano, uma vez que esta possui cota nula e facilita a construção.
Processo geral:
Determina-se o traço frontal rebatido do plano.
Seleciona-se uma reta frontal do plano e escolhe-se um ponto pertencente a essa reta.
Constrói-se o triângulo de rebatimento desse ponto para obter a verdadeira grandeza da distância ao eixo.
Utiliza-se o arco de rebatimento para determinar o ponto rebatido da reta frontal.
Rebata-se a reta frontal, obtendo-se assim um suporte para rebater outros pontos e traços do plano.
O rebatimento do plano oblíquo fica, deste modo, definido a partir da reta frontal rebatida.
Um plano de rampa é um plano projetante no plano de perfil. Caracteriza-se por possuir traço horizontal com cota nula e por os seus arcos de rebatimento estarem contidos em planos de perfil.
A reta mais conveniente para o rebatimento do plano de rampa é uma reta oblíqua pertencente ao plano, uma vez que esta possibilita identificar claramente as cotas e permite construir triângulos de rebatimento no plano de perfil.
Processo geral:
Seleciona-se uma reta oblíqua do plano e marca-se um ponto nessa reta.
Constrói-se o triângulo de rebatimento do ponto, que se encontra sempre num plano de perfil.
Determina-se o ponto rebatido, obtendo-se assim a reta oblíqua rebatida.
A partir da reta rebatida, rebate-se o traço frontal e restantes elementos do plano.
O plano de rampa requer sempre, pelo menos uma vez, a construção explícita de um triângulo de rebatimento.
Um plano passante é um plano que intersecta ambos os planos de projeção. O eixo de rebatimento é a reta x, interseção dos planos de projeção.
Tal como no plano de rampa, os arcos de rebatimento dos pontos estão contidos num plano de perfil, perpendicular ao eixo.
Processo geral:
A partir da projeção horizontal do ponto, traçam-se a perpendicular e a paralela ao eixo.
Constrói-se o triângulo de rebatimento do ponto.
Determina-se a verdadeira grandeza da hipotenusa.
Utiliza-se essa grandeza para obter o ponto rebatido.
Rebata-se posteriormente as retas e o plano como um todo.
O rebatimento de planos não-projetantes exige a determinação da verdadeira grandeza do raio do arco do rebatimento.
O triângulo de rebatimento é o método fundamental para obter esta verdadeira grandeza.
As retas horizontais e frontais são particularmente úteis no rebatimento do plano oblíquo.
A reta oblíqua é a melhor escolha para o rebatimento do plano de rampa.
No plano de rampa, o uso do triângulo de rebatimento é obrigatório pelo menos uma vez.
Os processos apresentados permitem uma resolução gráfica mais organizada, clara e rigorosa.